quarta-feira, 9 de junho de 2010

Vem aí nosso primeiro workshop!



YOGA na GESTAÇÃO & AMAMENTAÇÃO

Data: 19 de junho de 2010

Horário: 9h30 às 11h30

Inscrição gratuita: 9182-6369

VAGAS LIMITADAS!


terça-feira, 18 de maio de 2010

A prática de Yoga na Gestação: dicas de Tere Puig

Nesta postagem, optei por partilhar com vocês um pouco dos ensinamentos de Tere Puig, que ministra a formação de Yoga para Gestante e Mães com bebês em Barcelona, na Espanha. Ela nos diz:

Na prática do yoga devemos conseguir a realização das posturas sem sobre esforço: “esforça-te sem forçar-te”. Para isso consideramos que devemos adotar posturas intermediárias que facilitem o relaxamento, a flexibilidade e o fortalecimento da musculatura sem nos causar danos.

Durante a gestação se deve aprender a manter a parte interna dos músculos e o solo pélvico relaxados, isto facilitará a dilatação e o momento do parto. Se não se dá atenção ao corpo é fácil que se coloque tensões desnecessárias nestas partes do corpo.

A coluna lombar em geral estará sob tensão devido ao peso do ventre. Isto pode causar dor, adormecimento das extremidades e falta de controle sobre o solo pélvico. Para contrapor esta tendência do corpo a curvar em excesso a lombar, a gestante manterá, sempre que possível, o púbis para cima, como se estivesse aproximando o bebê de sua coluna vertebral. Quando deitada, será importante manter os joelhos flexionados ou colocar uma almofada abaixo dos mesmos, buscando alinhar a coluna vertebral.

Uma atenção especial será dada em não entorpecer a circulação sanguínea. Se a gestante notar formigamento nas extremidades ou pressão na virilha ou joelhos, deverá desfazer a postura e mover as extremidades para reativar a circulação. Para evitar estes problemas, nas aulas de yoga para gestantes não se deve manter posturas por muito tempo ou serão oferecidas posturas dinâmicas. Para as posturas deitada de costas, no último trimestre de gestação é indicado colocar uma almofada abaixo da nádega direita, para mover o útero levemente à esquerda e evitar a pressão sobre a veia cava, o que dificultaria o retorno sanguíneo, essencial para mãe e bebê.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A região pélvica na gestação

A pélvis é formada por quatro ossos: o sacro, que forma a parede posterior do canal pélvico, o ilíaco, dos lados, os ísquios abaixo e o púbis (formado por dois ossos unidos pela articulação Sínfisis do púbis) na frente. Na pélvis se inserem muitos músculos que controlam e permitem movimentos. O músculo Iliopsoas, por exemplo, tem origem na zona lombar da coluna vertebral e se insere nos ossos do quadril e contribui na manutenção do equilíbrio da região pélvica. Está também relacionado ao diafragma e assim à respiração.

O solo pélvico é formado por uma rede de músculos e atravessado por três orifícios: a uretra, a vagina e o ânus. Os músculos do solo pélvico devem sustentar o conteúdo do abdômen, inclusive o útero na gestação. A capa mais interna chama-se diafragma pélvico e a capa externa músculos do períneo.

A natureza criou a pélvis com articulações: a articulação do púbis é capaz de abrir cerca de dois centímetros na gestação; as articulações que unem o sacro e os ilíacos também são capazes de movimento, a articulação entre o sacro e o cóccix permite a retroversão do cóccix. Na gestação, a frouxidão dos músculos e articulações promovida pelos hormônios pode fazer com que o solo pélvico não tenha um tônus adequado ao suporte do peso do útero.

É fundamental então reforçar o solo pélvico, praticando exercícios que mantenham o tônus muscular dessa região, assim como ampliar a flexibilidade articular e muscular da pélvis. Em geral, uma pélvis forte e corretamente articulada contribui para que o parto seja fisiológico.

Cuidar da pélvis interfere diretamente no equilíbrio postural. Ao praticar yoga, a gestante terá a oportunidade de realizar movimentos de anteversão, retroversão, inclinação e rotação da pélvis, movimentos estes que se relacionam diretamente com a coluna vertebral. Ao fazer uma anteversão da pélvis, se acentua a curvatura lombar da coluna vertebral, assim como ao realizar a retroversão, se produz uma flexão e se reduz a concavidade da curva lombar. A inclinação pélvica envolve uma flexão lateral das vértebras dorso-lombares e a rotação da pélvis se relaciona à também à rotação destas mesmas vértebras.

Na prática de yoga, as posturas e movimentos propostos à gestante e que envolvem a pélvis ajudam a desenvolver a consciência corporal desta região. Com uma maior consciência dos músculos do solo pélvico, por exemplo, a gestante aprende a relaxar e soltar estes músculos no momento do parto. No pós-parto, é indicado reiniciar os exercícios de solo pélvico para uma boa recuperação.

O trabalho com a região pélvica pode ser realizado ao longo dos três trimestres da gestação. O que será necessário serão alguns cuidados especiais ao longo do primeiro trimestre, cuidados também necessários no caso de o bebê não estar encaixado corretamente no terceiro trimestre ou em situação de gravidez de risco!

REFERENCIAS

Balaskas, Janet. Yoga, embarazo y nacimiento. 3ª ed. Barcelona: Ed. Kairós, 2008.

Uria, Alex Monasterio. Columna Sana. Badalona: Editorial Paidotribo, 2008.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A Coluna Vertebral Na Gestação

A coluna vertebral é o suporte central do corpo. O centro de gravidade está situado na base da coluna, entre a região lombar e sacra e o abdômen. A coluna possui curvas naturais que formam um equilíbrio dinâmico em relação ao eixo central. Ela é formada por vértebras e discos intervertebrais, que são como amortecedores para absorver o impacto e evitar o desgaste das superfícies ósseas das vértebras. Eles protegem a coluna do efeito de compressão, gerados pela gravidade quando estamos em posição vertical.

O sacro é formado por 5 vértebras fusionadas e descreve uma curva côncava, promovendo uma base rígida, forte e estável. A lombar, também com 5 vértebras, delineia uma curva convexa, sendo flexível e ao mesmo tempo frágil. A coluna dorsal ou torácica, com 12 vértebras, tem uma curva côncava e oferece estabilidade. A cervical, com 7 vértebras, apresenta uma curva convexa, com vértebras mais leves que permitem movimentos mais amplos, sendo também flexível e frágil, como a região lombar. As partes móveis da coluna são as primeiras a sofrer com qualquer tipo de desequilíbrio. Há ainda a região do cóccix, que pode ser formada por 3 ou 4 vértebras fusionadas.

Vale lembrar que, a nível de energia sutil, sushumna, nosso principal canal energético, está localizado ao longo da coluna vertebral. Acompanhando a coluna vertebral encontram-se também cinco dos sete principais chakras, que são centros de força que acumulam e distribuem o prana, essa energia sutil ou força vital, para todo o corpo por meio de canais energéticos secundários. Os dois outros chakras principais estão situados na região do ‘terceiro olho’, entre as sobrancelhas, e no topo da cabeça. Por isso, a coluna é um grande eixo da prática de yoga, pois sabemos que, ao atuar sobre ela com os asanas (posturas) e pranayamas (respiração), além de um equilíbrio físico, podemos também alcançar um equilíbrio energético.

A maioria das dores nas costas costumam ser provocadas por problemas musculares, articulares ou nos discos intervertebrais, decorrentes de posturas e movimentos inadequados que realizamos no cotidiano.

A coluna vertebral necessita ser cuidada para não sofrer com os efeitos da gravidade, do sedentarismo e/ou da alteração do eixo ou centro de equilíbrio ocasionada pelo aumento de volume e peso no ventre, durante a gestação.


EFEITOS DA GESTAÇAO NAS CURVAS DA COLUNA VERTEBRAL

Durante a gestação, diante do crescimento do ventre e do aumento de peso nesta região, todas as curvas da coluna vertebral se modificam. Com o útero mais pesado, os ligamentos que o unem à coluna sacra são estirados e o sacro se movimenta, acentuando a curva lombar. Neste sentido, é importante buscar uma inclinação adequada da pélvis e encontrar um novo centro de equilíbrio.

A prática de yoga na gestação contribui para a ampliação da consciência corporal, e desta forma, para que o suporte do peso do útero aconteça de maneira saudável, evitando as dores nas costas e coluna. Além disso, o descanso na postura horizontal é fundamental, pois se reduz significativamente a carga sobre os discos intervertebrais, que então se empapam de fluidos, ricos em oxigênio e nutrientes, aumentando de tamanho e ganhando mais elasticidade. A coluna se alarga e gera mais espaço para as terminações nervosas que saem da medula espinhal.

A nível sutil, esta consciência corporal e o reequilíbrio do corpo físico contribuem para a liberação de energias que poderiam estar bloqueadas com a postura inadequada.

Uma curiosidade! O feto, no ventre materno, possui uma só curvatura côncava da coluna. A curvatura convexa da cervical irá se formar quando o bebê começar a levantar a sua cabecinha, após o nascimento e a curvatura lombar irá surgir quando o bebê começar a andar. A formação progressiva das curvas da coluna vertebral acontece até os 10 anos da criança aproximadamente.

Referências:
Balaskas, Janet. Yoga, embarazo y nacimiento. 3ª ed. Barcelona: Ed. Kairós, 2008.
Uria, Alex Monasterio. Columna Sana. Badalona: Editorial Paidotribo, 2008.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Yoga Mães e Bebês, a partir de 2 meses

Ao longo dos dois primeiros meses, o bebê cresceu, se fortaleceu e responde cada vez mais aos estímulos oferecidos por seu entorno. É o momento de aproveitar seu interesse pelo mundo que o rodeia e interagir com alegria e tranquilidade!

A prática de Yoga Mães e Bebês (YMB), a partir dos dois meses do bebê, já pode ser realizada em pequenos grupos, o que promove uma rica convivência e interação com outras mães e outros bebês.

O yoga representa harmonia entre o ser e o universo. Esta harmonia pode ser alcançada de inúmeras formas, dentre elas por meio de movimentos corporais que nos proporcionam um sentido de integração e união.

O yoga Mãe e Bebê propõe a estimulação dos sistemas corporais do bebê, fortalecendo a coluna vertebral (local onde se concentram e circulam energias sutis), desenvolvendo articulações flexíveis, tonificando músculos e contribuindo para um equilíbrio na atuação dos órgãos vitais. A estimulação física convida os sentidos, a mente e o psiquismo à participação. A ação amorosa materna, descontraindo tensões e liberando a circulação da energia vital, contribui para o desenvolvimento saudável físico, emocional, mental e espiritual do bebê.

Nesta proposta a interação entre a mãe e bebê é principalmente não verbal, aguçando a sensibilidade materna para a leitura de gestos, olhares, expressões faciais e corporais. É fundamental estar atento às reações do bebê, captando as mensagens e respondendo a elas, e, além disso, estar aberto à escuta do próprio guia interior, permitindo que a intuição revele a sabedoria que existe em cada ser.

Aprendizagens propostas à mãe:

 Desenvolver o autoconhecimento, o sentido da receptividade e aprofundar a comunicação com o bebê

 Trabalhar a respiração completa e consciente

 Atuar sobre o próprio corpo, a mente e emoções por meio do yoga

 Ampliar a consciência corporal, aperfeiçoando a postura e a maneira de sustentar o bebê, evitando assim tensões desnecessárias

 Conhecer e aplicar técnicas de massagem dedicadas ao bebê

 Aprender e oferecer ao bebê movimentos e posturas, baseados no yoga

 Vivenciar o sentido do relaxamento conjunto

Como acontece a prática de yoga com o bebê?

A mãe irá desfrutar, sempre que possível (porque vivenciar o YMB é respeitar a espontaneidade e necessidades do bebê!), de uma breve prática de yoga, tendo o bebê próximo de si. Os pranayamas (exercícios respiratórios) e ásanas (posturas), neste período de pós-parto, irão contribuir para que:

a nível físico a mulher recupere a tonicidade muscular, flexibilidade e vitalidade;

e a nível emocional ela (re)encontre seu equilíbrio interior.

Ao praticar yoga surge a oportunidade do olhar para si mesma, oferecer-se atenção e ampliar sua consciência. Ao integrar um novo estado de consciência, a mãe estará melhor preparada para oferecer qualidade ao bebê, seja em forma de gestos, movimentos ou expressões.

Na sequência da prática YMB, serão propostas posturas e movimentos nos quais o foco está na interação mãe e bebê. Por exemplo, a mãe, ampliando sua consciência postural, poderá aprender a carregar o bebê no colo de maneira relaxada, sem criar tensões desnecessárias que provocam dor, ou de maneira lúdica, mãe e filho irão divertir-se com os movimentos propostos.

Na prática de YMB, há também o espaço e o tempo dedicado especialmente ao bebê. A mãe oferece massagens, posturas yóguicas e movimentos ao filho/a. Isso inclui exercícios de equilíbrio que trabalham a confiança, alongamentos que abrem o peito e expandem a respiração, movimentos que alongam e tonificam músculos e abrem as articulações de quadril e ombros; massagens que estimulam a circulação sanguínea e das energias sutis, assim como os órgãos digestivos, aliviando possíveis cólicas ou prisão de ventre, entre outros.

Nada como finalizar a prática com um relaxamento conjunto, momento em que as energias dinamizadas ao longo da prática serão absorvidas!

Mãe, dedique um tempo a si mesma, seja praticando YMB ou realizando outra atividade que lhe agrade, e desfrute, com qualidade, desta rica fase que vive seu/sua filho/a, construindo uma sólida base na relação com o bebê, fundamentada no amor, no equilíbrio e na confiança!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Que tal praticar yoga com o bebê de 0 a 2 meses em casa?

Partindo das orientações básicas comentadas na última postagem, ofereço a você um passo a passo para construir uma prática de yoga com o bebê em casa!


Antes de tudo, quero dizer que as mães sempre possuem uma intuição especial, de maneira que, mais importante do que seguir as sugestões abaixo de forma rígida, é dar voz à sensibilidade e deixar fluir o momento de troca afetiva e comunicação profunda que pode se estabelecer entre mãe e bebê! Acima de tudo, desfrute desta experiência!

1. Encontre uma postura confortável, que pode ser sentada com as costas apoiadas, de maneira que a sua coluna esteja alinhada, o corpo descontraído e sem tensões. Mantenha o bebê próximo ou sobre suas pernas estendidas ou flexionadas.

2. Perceba o seu próprio corpo e as sensações que lhe chegam. Se não estiver confortável, modifique a sua postura até encontrar comodidade.

3. Conecte com a sua própria respiração e procure aprofundá-la, ampliando a expiração. Ao inspirar sinta o seu abdômen se expandir e ao expirar note como o mesmo se recolhe.

4. Posicione uma mão no seu coração e a outra no coração do bebê. Sinta as batidas do seu coração e depois observe as batidas do coraçãozinho do bebê, assim como o ritmo e profundidade de sua respiração.

5. Olhe nos olhos do bebê e convide-o, verbalmente ou não, a praticar yoga com você.

6. Ofereça ao bebê um toque “terra” (toda massagem deve começar e terminar com um toque “terra”, segundo o ayurveda): deixe as mãos em repouso sobre o corpo do bebê, realizando este gesto com amor e consciência. É fundamental que a mãe olhe o bebê nos olhos, afinal muito se pode comunicar por meio das expressões faciais.

7. Em seguida, deixe falar sua intuição e ofereça carícias suaves ao bebê, passando suas mãos por todo o seu corpinho e estando atenta às suas reações.

8. Com muita suavidade, estenda uma perninha do bebê em sua direção e, em seguida, posicione sua mão (se estiver aquecida) sob a planta do pé do bebê por alguns instantes. Aproveite este momento de comunicação não-verbal com o bebê! Repita o mesmo com a outra perninha.

9. Com muito delicadeza, estique um bracinho do bebê, deslizando suas mãos desde o ombro até o pulso. Com o seu polegar massageie suavemente a palma da mão do bebê, levando-o à ponta de cada um dos dedinhos. Faça o mesmo com o outro bracinho, mão e dedos.

10. Com as gemas de seus dedos, na forma de um carinho suave, desenhe um coração no rostinho do bebê, partindo do ponto entre as sobrancelhas, com ambas as mãos ao mesmo tempo, até chegar ao queixo. Repita algumas vezes se o bebê demonstra contentamento.

11. Realize um toque “terra” novamente, olhe nos olhinhos do bebê e agradeça por este momento especial que puderam viver juntos!

12. Se for oportuno, desfrutem os dois de um relaxamento conjunto. Você pode colocar uma música que lhe transmita paz ou simplesmente ouvir o silêncio ou a respiração, sua e do bebê.

Imagine que, se você optar por praticar yoga com o bebê coletivamente, a partir dos dois meses, poderá enriquecer-se com a troca de experiências com as outras mães, que formam o pequeno grupo de Yoga Mãe e Bebê!

sábado, 10 de abril de 2010

O bebê de 0 a 2 meses: Orientações para a prática de Yoga

Este é um período de adaptação! Os pais, ao colher o bebê, vivem novas rotinas em casa; o bebê experimenta um novo ‘estilo de vida’, fora do útero, com experiências e estímulos diversos dos que estava habituado.

A prática de yoga, neste período, deve ser feita no núcleo familiar e consiste principalmente em sentir, tocar e relacionar-se com o bebê, de forma atenciosa e amorosa.

O objetivo principal é construir uma relação de confiança entre pais e bebê, a nível psicológico, e a nível físico, levar o bebê à superação gradual da posição fetal, alongando a coluna com extrema suavidade, assim como as perninhas e bracinhos, o que promove a abertura, aos poucos, das articulações de quadril, ombros, joelhos e cotovelos.

Orientações básicas para a prática de yoga:

  • Deve-se buscar o momento adequado, ou seja, realizar a prática de yoga quando há oportunidade ou criar esta oportunidade de forma consistente.
  • O local deve ser confortável e, se for sempre o mesmo, o bebê começa a reconhecê-lo e vinculá-lo à esta experiência, o que o leva a uma sensação de continuidade.
  • É fundamental que o adulto esteja em um estado emocional apropriado, pelo menos inicialmente. Posteriormente, o yoga pode ser um caminho para entrar neste estado de bem-estar.
  • Não impor ou forçar a prática de yoga, nem realizá-la quando o bebê estiver doente.
  • A vivência do yoga pode incluir o pai e irmãozinhos, reunindo a família amorosamente em torno do novo membro que chegou!
  • A rotina do yoga para o bebê deve ser muito suave, não passando dos 10 minutos inicialmente, exceto os momentos de relaxamento, que podem durar quanto tempo o pequeno grupo ou mãe e filho/a quiserem. Aos poucos, conforme sinta o bebê a vontade a família pode ampliar o tempo de prática.
  • O bebê pode estar vestido. Se o ambiente estiver com uma temperatura agradavelmente aquecida, é importante deixar ao menos os pezinhos do bebê descalços.
  • Na primeira prática é importante que o bebê esteja sobre o corpo da mãe, preferencialmente sobre as pernas estendidas ou flexionadas. A mãe deve encostar suas costas em algum apoio para estar mais cômoda e com a coluna alinhada. O contato físico com a mãe vai transmitir confiança e o bebê se sentirá seguro.

Na próxima postagem vou partilhar com vocês um passo a passo para curtir este momento especial com o bebê!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Por que praticar Yoga com o bebê?

A prática do Yoga Mãe e Bebê beneficia ao mesmo tempo a mãe e o bebê!

A mãe encontra um espaço e um tempo que dedica a si mesma, na presença do bebê.
Ela terá a oportunidade de aliviar possíveis tensões provenientes do cotidiano, recuperar o tônus muscular e a flexibilidade e, ainda, fortalecer-se interiormente. Além dos benefícios da prática de yoga pessoal, ela desfrutará da riqueza do encontro com o bebê, ao proporcionar-lhe estímulos em forma de movimentos, massagens e da comunicação por gestos, expressões e olhares.

A mãe pode desenvolver a habilidade de lidar com o choro, diferenciá-lo, aguçando a sua sensibilidade, já que praticar yoga Mãe e Bebê envolve a comunicação verbal e não-verbal e torna a mãe mais receptiva às respostas e reações do/a filho/a.

O Yoga Mãe e Bebê é uma prática segura, imbuída de amor, em uma experiência onde cada um se centra também no outro! Através desta experiência, mãe e bebê conhecem-se melhor, aprimorando a comunicação mútua.

O desenvolvimento da sessão de yoga acontece em um ritmo que o bebê possa absorver e integrar e, acima de tudo, respeitando as suas necessidades. O movimento e o contato físico são uma rica estimulação a ser oferecida ao bebê. Por meio do yoga, cria-se uma base de bem-estar e promove-se um estado de satisfação.

Sabemos que bebês que recebem atenção e estímulos ganham peso mais facilmente, estão mais abertos ao contato com o mundo que os rodeia e tendem a possuir maior imunidade. Em geral são menos irritáveis, mais descontraídos e se assustam menos. A estimulação por meio do yoga beneficia o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso, além de outros sistemas corporais: o respiratório, o circulatório, o digestório e o endócrino. A atividade física aliada à satisfação ajudam o bebê a dormir mais profundamente, a desenvolver um comportamento mais estável! O Yoga Mãe e Bebê atua também nos campos energéticos sutis de mãe e filho/a.

Nesta prática, que é distinta do yoga usual por acolher a espontaneidade do bebê, a mãe, ao oferecer os efeitos do seu toque ao bebê, atende também ao seu desejo de descobrir o bebê com as mãos!

É momento de estabilizar emoções, descontrair a mente e abrir o coração!!!

Referencias:
Freedman, F. B. Yoga para bebés: ejercicios suaves y divertidos para la relajación, la coordinación y la salud. Gaia Ediciones: Madrid, 2001.

sexta-feira, 26 de março de 2010

O terceiro trimestre da gestação

Este é um momento que pode ser de grande felicidade e ao mesmo tempo, de ansiedade e inquietação. Não demora muito, chegará a hora do parto e a mãe terá seu/sua  filho/a em braços!

No final da gestação o útero expande-se ainda mais para criar espaço para o bebê e alcança a região logo abaixo das costelas. Algumas mulheres se sentem muito bem neste período, outras se sentem incômodas: se cansam mais facilmente, têm dificuldade para dormir e digerir alimentos, já que alguns órgãos do sistema digestório podem estar pressionados, assim como outros do sistema respiratório.

O tamanho do seio aumenta consideravelmente e o mamilo pode ficar sensível. Pode ser inclusive que os seios já liberem algum colostro, que é um alimento que fortalece o sistema imunológico do bebê.

Pode acontecer de haver um acúmulo de líquido nas pernas, nos tornozelos, nos pés, e às vezes até nas mãos. Isso ocorre porque os tecidos corporais estão mais frouxos, o organismo retém mais líquido e a circulação pode estar comprometida.

Dependendo da postura adotada no cotidiano, as dores nas costas podem acentuar-se.

Nas últimas seis semanas a cabeça do bebê pode se encaixar, porém isso pode acontecer também somente nos últimos momentos da gestação. Nesta fase podem ocorrer contrações de vez em quando, que não são contrações de um parto prematuro, são contrações chamadas “Braxton Hicks” e que podem durar de 10 a 15 minutos.

No último mês pode ser que o bebê se mexa menos em função do pouco espaço que lhe resta no útero, não se assuste!

É fundamental a gestante dormir e descansar o máximo que puder!



O grande objetivo do Yoga neste período é:

  • Preparar a gestante física, emocional e mentalmente para o parto e para a chegada do bebê, fortalecendo-a interiormente

sexta-feira, 19 de março de 2010

O segundo trimestre de gestação

É o momento de curtir a gravidez! O cansaço e as náuseas desaparecem pouco a pouco. A barriga começa a apontar e a mulher, em geral, está mais bem disposta. O bebê já está praticamente formado, faltando amadurecer e crescer. A mãe começa a desfrutar da incrível sensação do bebê mexendo-se em seu ventre.
A instabilidade emocional pode ser que permaneça e a gestante pode oscilar entre risos e choro. O crescimento do abdomen pode afetar a postura e, por vezes, a mulher pode desenvolver uma hiperlordose. Esta é uma das causas de dores nas costas na gestação.

É fundamental a mulher cuidar-se na alimentação, dedicar tempo ao repouso e ao sono e realizar atividade física.

A gestação é uma experiência de auto-transformação e o yoga vai trazer o equilíbrio necessário para lidar com este momento. O yoga proporciona a energia para que a mãe leve o bebê no ventre com confiança.

O aparelho auditivo do bebê já está em ação! Ele capta o que acontece ao seu redor e você pode estabelecer relações com ele através de sons. A participação do pai é essencial construindo sua aproximação com o/a filho/a.  Fora a audição, o bebê está sensível ao tato, à respiração e aos movimentos da mãe.

Objetivos do Yoga ao longo do segundo trimestre de gestação:
  • Potenciar a flexibilidade corporal e mental, assim como a criatividade para lidar com as transformações.
  • Ampliar a consciência corporal, o que permite: Reconhecer, contrair e relaxar os músculos do solo pélvico; Encontrar o novo ponto de equilíbrio diante do crescimento do ventre, adotando então uma postura correta.
  • Fortalecer e tonificar músculos, permitindo que o corpo se adapte de maneira adequada ao aumento do peso e que também se prepare para o parto e o período do pós-parto.
  • Aumentar a flexibilidade muscular e articular, principalmente da região pélvica, contribuindo no preparo para o parto.
  • Integrar o processo da gestação e encontrar as ilimitadas fontes de energia, reconhecendo que a capacidade de gestar, nutrir e parir está dentro de si.
  • Conectar profundamente com o ser em formação, percebendo-o mais intensamente e vivenciando uma experência de união e transcendência da consciência individual.
É tempo de criar espaço e tempo para si e para o bebê!

sexta-feira, 12 de março de 2010

O primeiro trimestre da gestação

O primeiro trimestre de gestação é especialmente impactante! A mulher recebe a notícia da gravidez e logo sente as transformações corporais e psicológicas que interferem em sua rotina. Essa é a principal fase de desenvolvimento do bebê, pois é neste período que ocorre a formação crucial do sistema nervoso.

Transformações corporais:

Os hormônios começam a ser segregados de maneira distinta, pela glândula pituitária, outras glândulas endócrinas, a placenta e o feto.

A placenta e o embrião produzem estrógeno e progesterona para manter a gestação e "amolecer" o tecido muscular. A placenta também produz a relaxina, que amolece o tecido conjuntivo e os ligamentos. Desta maneira, o corpo pode adequar-se às necessidades da gestação, inclusive permitindo o crescimento do útero, promovendo maior mobilidade articular e flexibilidade e auxiliando o sistema circulatório.

Quando diminuem o estrógeno e a progesterona, a glândula pituitária começa a segregar a prolactina, ao longo da gravidez, mas atinge o seu auge de produção durante a amamentação, já que é este o hormônio que estimula a produção do leite materno.

A endorfina é o hormônio da felicidade! Ela é produzida com mais intensidade quando realizamos alguma atividade física e durante toda a gestação, atingindo o seu nível máximo de produção nos momentos finais do parto.

Na gestação. as glândulas suprarrenais produzem um nível mais elevado de cortisona e continuam a segregar adrenalina e noradrenalina, que mantém as funções involuntárias vitais.

O cérebro produz o hormônio do amor, a oxitocina, que estimula as contrações do útero e estimula o reflexo que leva à subida do leite.

Além das transformações hormonais que por vezes causam náuseas, azia e sonolência, há uma aceleração dos batimentos cardíacos, uma leve queda da pressão arterial, um aumento de líquido no corpo e da circulação sanguínea e, um aumento do tamanho dos seios, já que as células produtoras de leite se ativam.

As transformações físicas estão, em geral, acompanhadas de mudanças psicológicas. É comum a gestante desenvolver um estado de instabilidade emocional e uma sensibilidade aguçada. Este é o momento que, muitas vezes, representa uma oportunidade de transformação e crescimento pessoal para a mulher.

O YOGA NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO

O yoga é indicado desde o começo da gravidez, a não ser em casos de risco de aborto ou em casos de sangramento.

Os objetivos da prática de yoga neste período são:
  • Criar espaço para o bebê, fisica e emocionalmente.
  • Descobrir a força dos micromovimentos e dos alongamentos profundos e relaxados, o que proporciona uma força tranquila à gestante.
  • Aprender a respirar profundamente e a relaxar-se, utilizando a respiração consciente como meio para diminuir a ansiedade.
  • Desenvolver a consciência corporal da musculatura pélvica.
  • Preparar a coluna vertebral e o corpo para as transformações da gestação.

sábado, 6 de março de 2010

Por que praticar Yoga na gestação?

O Yoga na gestação é para dois, mãe e filho/a se beneficiam!!!

O yoga auxilia a gestante a concentrar-se de forma profunda na gravidez, propiciando o espaço e o tempo para vivenciar e integrar as transformações e experiências. Nas aulas, a gestante tem a possibilidade de acalmar o ritmo de vida e ampliar a escuta consciente de seu corpo em transformação, voltando sua atenção para si mesma e para o bebê.

O Yoga proporciona força e equilíbrio interior para lidar com este momento de especiais transformações.

O relaxamento e a respiração consciente e profunda permitem aliviar os incômodos e tranquilizam as emoções.

Ao praticar yoga a gestante nutre-se a si mesma e ao bebê, já que o corpo da mãe é o primeiro ambiente de vida do/a filho/a.

No que diz respeito ao corpo e às transformações físicas...

Os músculos do solo pélvico devem oferecer um suporte ótimo à gestação à medida que cresce o ventre e, com a prática regular de yoga, eles são tonificados e ganham flexibilidade.

Com o yoga a gestante amplia pouco a pouco a sua consciência corporal, e assim reconhece, isola e relaxa certos grupos musculares, o que pode contribuir para uma participação mais consciente e ativa da mulher no momento do parto.

Conforme cresce o ventre, o eixo da mulher se modifica, o que pode interferir na postura e equilíbrio da gestante. Com a ampliação da consciência corporal e as posturas de equilíbrio propiciadas pela prática de yoga, ela encontra o seu novo eixo.

A prática de yoga tonifica os músculos que sustentam a coluna e leva à conscientização da postura correta, o que previne as dores nas costas que, em geral, são decorrentes de uma hiperlordose característica da gravidez.

Algumas posturas do yoga massageiam os órgãos vitais, inclusive os do sistema digestivo, o que pode contribuir para a redução da prisão de ventre e de gases.

A prática de yoga, por meio de posturas e da respiração profunda, contribui para a ativação da circulação sanguínea, facilitando também o retorno sanguíneo e aliviando os inchaços. Na gestação é fundamental que a circulação seja eficiente, para que o oxigênio alcance todas as partes do corpo da mulher, principalmente o bebê em formação.

A nível do corpo sutil...

Os exercícios respiratórios, pranayamas, preenchem mãe e bebê com energia de vida e possibilitam à mulher aprender a utilizar a sua capacidade respiratória, o que interfere positivamente no campo das emoções.

Uma postura adequada, que se constrói a partir da prática de yoga, contribui para que o fluxo da energia vital flua pelos canais energéticos do corpo sutil.

A nível emocional...

Por meio do yoga, a gestante, em meio às transformações hormonais que alteram seu estado emocional, pode canalizar sua sensibilidade e suas emoções.

As mentalizações e visualizações oportunizam a transmissão de amor e segurança ao bebê e intensificam a comunicação consciente com o/a filho/a.

O bem-estar da gestante se reflete no bebê e no núcleo familiar!

Referências
Balaskas, J. Yoga, embarazo y nacimiento. 3ª ed. Barcelona: Kairós, 2008
Fadynha. Yoga para gestantes: método personalizado. 2ª ed. São Paulo: Ground, 2008.
Freedman, Françoise B. Yoga para embarazo, parto y más. Madrid: H.Blume, 2005.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Um pouco sobre mim...

Desde que comecei a praticar yoga, procuro incorporar essa filosofia em todos os aspectos da minha vida. Imagino que com muitos ocorra o mesmo!
Quando pratico meu yoga diário desejo que outras pessoas possam desfrutar da paz que encontro.
Ser professora de Yoga me permite realizar isso em parte...

Ser mãe é uma das grandes realizaçoes da minha vida. Gestar, parir e atualmente conviver com minha filha me ajuda a me conhecer e a crescer a cada dia. O interesse pelo Yoga na Gestação e nos primeiros meses de vida, integrado com a mãe, surgiu do encanto que tenho por esses momentos na vida de uma mulher.

Conhecer Tere Puig em Barcelona e fazer com ela a especialização em Yoga para Gestantes e Mães com Bebês foi fantástico! Trabalhar com a Lisa no Happy Yoga Pelayo foi a grande oportunidade de aplicar e viver o Yoga com essas mulheres em momentos tão especiais de suas vidas.

Este blog tem a intenção de partilhar com as pessoas essas experiências e alguns conhecimentos.

"Se conseguirmos que trazer filhos ao mundo seja um ato de amor e consciência, feito desde o respeito, a liberdade e a coerência, teremos colocado a primeira pedra para construir um mundo novo" Tere Puig.